terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tobogã

Acredito que eu já melhorei muito, mas ainda estou aprendendo.
É como se eu estivesse no último degrau da escada de um tobogã, sem saber o trajeto que ele fará. Há uma enorme felicidade por ter tido coragem de subir até aqui, e um frio na barriga por saber que vou pular. Falta muito pouco.
Não importa a rota que farei, só sei que chegarei lá!
No próximo passo, não quero mais olhar pra trás. Nem pra baixo.
Olhos no horizonte.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Resolvi assumir: Sou maluco!


Maluco no meio de normais que esperam sua vida acontecer.
Maluco no meio de sensatos que analisam todas as consequências antes de qualquer decisão.
Maluco no meio de conscientes que tomam a decisão mais correta e não a que realmente querem.
Maluco no meio de realistas que são incapazes de amar até doer por não caber o sentimento dentro de si.
Maluco no meio de santos que não fazem loucuras por uma paixão.
Maluco no meio de espertos que não gritam o que acreditam para não serem julgados.
Maluco no meio de inteligentes que não fazem o que têm vontade para não serem criticados.
Maluco no meio de comuns que escondem o que sentem, querem, acreditam e pensam.
Maluco no meio de perdidos que não encontram nem a si mesmos.
Ou "o mundo está ao contrário e ninguém reparou"?

sábado, 5 de setembro de 2009

Papel Alumínio

Ego ferido é uma desgraça! Às vezes me sinto assim, como um papel alumínio amassado. Aquele brilho lindo começa a se ofuscar e o papel lisinho fica cheio de marcas irreparáveis. É desconfortável. Ataca quando me sinto de lado ou posto do final da fila. Quando não tem retorno. Quando não dá mais pra apertar rewind. Me mata quando não tem beijo no final. Vai amassando devagar. Dá uma agonia no meio do peito, um pouco mais pro lado esquerdo, subindo pelo pescoço. A cada dobradinha um barulho novo. Até virar uma bolinha tão insignificante que vai pro lixo...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A crise

Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribuí à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la. Ode ao nosso grande e único Albert Einsten.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Viva la vida!

Ninguém disse que viver seria fácil. Principalmente no começo, quando nos damos conta, dói um bocado mesmo. Imagine quanta força não faz uma borboleta quando está saindo do casulo... Duvido que suas asinhas, tão frágeis, voem logo na primeira tentativa; ela precisa de tempo.
Da mesma maneira aconteceu comigo, quando comecei a viver pela primeira vez: a mudança de um dia-a-dia quase mecânico para uma vida-a-vida foi um baque. Comecei a olhar tudo de outra maneira, e a estranhar muitas coisas que antes achava comum. Me senti um peixe fora d'água.
Com o tempo, infelizmente, eu dei algumas dormidas... De vez em quando, só umas pescadinhas, mas sempre voltava a acordar. A última vez que despertei de um cochilo não faz muito tempo. Doeu, mas quando, finalmente, consegui chorar mais que uma criança recém-nascida, senti paz. Então percebi que não era mais um peixe fora d'água, porque encontrei muitos outros semelhantes a mim.
É tanta vida ao meu redor que a dor fica pequena perto da grandeza desses momentos intensos e transbordantes. Estamos, cada um no seu momento, mas estamos vivendo; e isso me deixa muito feliz.
Quase morri quando me perguntaram, há alguns dias, o que a gente faz depois que é feliz. Agora, se perguntarem novamente, não vou morrer. Era gratidão o que me faltava.
Acredito naquela frase que diz que felicidade é uma jornada, não um destino. Por isso, agradeço às pessoas cheias de vida que têm andado ao meu lado. É muito amor. Obrigado!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A estória da história


Cansei dessa estórinha de bancar o político e socialmente correto.
Estórinha - com “E” ao invés de “HI” sim! - porque tudo isso é lenda, utopia, fairytale. Não tem como ser o certinho da situação o tempo todo. Eu erro. E, quem nunca errou, que atire a primeira pedra. (Dá pra acreditar que, mesmo assim, pedras ousam a rolar?)
Eu sempre soube que essa confiança em excesso que todos depositavam em mim teria um fim. Não que eu não valha a confiabilidade. Só não sou perfeito. Qual a imperfeição nisso? O filho ideal, o ombro-amigo de todas as horas, o porto seguro da relação... Nunca fui ágil o suficiente para essas multifuncionalidades.
Sei muito bem analisar aquele dito popular clichê que diz que errar uma vez é humano, mas duas vezes é burrice. Eu aprendo com os meus erros! Só não tente me lapidar rumo à perfeição a partir dos teus.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acredito que isso basta

Hoje fui questionado quanto ao meu objetivo aqui na Terra. Um silêncio pairou no ar depois de um tom de dúvida ao concluir o questionamento e de um ponto final que deu início ao tic-tac do relógio - cronometrando o tempo da minha resposta. Não sei! Qual é o teu? Você sabe? Só sei que estou aqui por algum motivo. Nunca sabemos o porquê, exatamente, da nossa existência. Sabemos a origem dela, como e onde ocorreu... Mas não o significado do acontecimento como um todo.
Sempre gostei de escrever os “quem sou eu” das redes de relacionamento. Mas, pra ser bem sincero, nunca soube ao certo quem eu sou. Acho que ninguém sabe. (Sabe?)
Quero aprender, errar e acertar, fazer o bem, crescer, me desenvolver de uma maneira geral. Ser útil por e para a sociedade na qual faço parte. Amar mil pessoas diferentes, mas me apaixonar por poucas. Rever e mudar conceitos (os meus e os seus. Por que não?!). Não sei o que quero ser, mas sei no que não quero me tornar. Acredito que isso basta! Como diria a cantora Beyoncé ao som de Ego: “I like to think that I was created for a special purpose.”
Espero que esta seja a resposta que não consegui dar essa manhã. Aquela que ainda permanece entalada na minha garganta. Mesmo após esse desabafo...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

This is dedicated to you

Uma amiga me pediu para escrever algo para ela. Um “quem sou eu”, um testimonial, um “texto qualquer que você dá teu tom diferente...” – disse ela.
É tão difícil escrever pra alguém importante. Descrever pormenorizadamente sobre alguém que vale muito para nós é uma tarefa árdua. Não encontro palavras. Adjetivos são levemente profundos para o que sinto...
Essa transição da “menina-mulher” acarreta uma série de mudanças – físico, psicológico e, principalmente, intelectualmente falando.
Não é fácil ter que deixar para trás a mini-saia cor-de-rosa, a pantufa da Minney e toda aquela ânsia de encontrar o príncipe encantado vindo em sua direção no cavalo branco. Ser mulher é saber que isso tudo não existe e, mesmo assim, não deixar de sonhar. Dessa vez: com os pés no chão. Algumas, infelizmente, não adquirem esse discernimento do que é utopia e do que é realidade. E sofrem... Mas, quem disse que o sofrimento deve ser caracterizado como um sentimento ruim? Ele nos ensina a viver. Nos mostra que, muitas vezes, é preciso caminhar sob terra e pedregulhos à fim de encontrar o paraíso. Talvez você ainda não tenha encontrado o teu paraíso – aquele por você idealizado – e, quer saber? Às vezes nunca encontre!
O ser humano é inconstante e insaciável. Insatisfeito. É o jeito das coisas.
Eu mal imaginava que aquela menina sorridente e carismática, que vi atravessar a rua em minha direção - com uma caixa de erva de tereré nas mãos – tinha uma história de vida inenarrável. E que, mais tarde, me faria apaixonar pelo jeito de ser.
E vivemos! Como vivemos... Desde sorrisos, risadas, gargalhadas até decepções, lágrimas e choros descontrolados. Mas encontramos apoio. Força. Alicerce. Um álibi... um no outro.
É a imagem que tenho como exemplo de amor. Quando sofri e fui consolado. Quando precisei de puxões de orelha – e recebi. Quando precisei de um carinho que ninguém conseguia suprir. Quando estava sozinha e você chegava gritando... (Risos.)
Ah... não sei mais o que dizer. Como disse no início, é difícil, é árduo. Me faz derramar lágrimas. Me faz querer dar um “ctrl+Z” na minha vida e re-fazer tudo. Talvez de forma diferente. Talvez pra aproveitar mais. Talvez pra ter te defendido nos momentos em que te magoaram. Talvez pra poder ter participado – ainda mais e mais – dos teus dias. Na verdade, não tenho arrependimentos da maneira em que vivemos. Sei que foi do modo mais puro e sincero que pudemos. E se, algum dia, derramamos lágrimas um do outro – ou juntos – foi porque era preciso no momento.
Hoje você não está tão perto de mim e nem eu de você – fisicamente. Mas sei que, de algum lugar, tua proteção me guarda. Teu amor me conforta. Tua amizade me ajuda nas horas que preciso. Sinto a sua presença constante nos meus atos, nos meus pensamentos. O que você diria, o modo que iria me consolar – ou tirar da minha cara. (Risos).
Talvez eu tenha tido uma amizade que outras pessoas nunca tiveram. E isso me faz sentir a pessoa mais presenteada do mundo. Mas, sabe o que me faz sentir ainda melhor? Saber que essa MULHER que vejo hoje lutar e presentear outras pessoas, num outro lugar, carrega um pouquinho de mim dentro dela. Em cada ato, palavra, brincadeira. Sinto em lhe dizer, mas: não haverá porcaria de príncipe nenhum suficientemente bom para merecer o prazer que é te ter ao lado. Eu posso não ser príncipe e, muito menos, chegar num cavalo branco (prefiro-os no zoológico, ou na fazenda da minha mãe. Lembro da sua cara ao cavalgar num deles... Risos). Mas tive o prazer de ter uma supermulher com jeito de criança na minha vida. E isso basta!

domingo, 21 de junho de 2009

Me, me, me!

Talvez o erro seja realmente meu: essa coisa toda de poder confiar, de sentir uma segurança confortante no outro. Talvez eu esteja errado. Talvez não...
Pode ser que, daqui a alguns anos, eu aprenda que realmente só tenho a mim mesmo para contar nas horas difíceis. Apesar de nunca ter concordado com o famoso "Me, me, me!" - expressão que ironiza o egoísmo norte-americano.
De qualquer forma, prefiro continuar procurando - mesmo que veja, futuramente, que nada passou de um sonho utópico - uma pessoa na qual me permita fechar os olhos e ter a certeza de que ela estará lá para e por mim. E não precisará ser, obrigatoriamente, um dos meus pais...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Does it feel like home?


Dourados. Tarde fria de sexta-feira. 14:00hs. Dia dos namorados.
É estranha essa sensação de não ser mais pertencente ào seu lugar de origem. Nasci, cresci e me desenvolvi aqui; mas, certamente, não morrerei no mesmo lugar.
As pessoas não são as mesmas. Minha plaquinha com "Home, sweet home" gravado não está mais na porta do meu apartamento no centro da cidade. Está há 230km distante.
Minha mãe não mora mais na mesma casa - na nossa casa. Nem meu pai. Só minha irmã... e, de qualquer maneira, a casa está bem diferente do usual. Cores novas, móveis novos, clima novo. Diferente de lá fora, o clima aqui é quente, confortante, acolhedor. Até que me faz sentir bem - desde que não ponha os pés porta a fora.
Às vezes acho que é minha constante inconstância que faz meus hormônios ficarem assim. A mil. Feliz, triste. Triste, feliz... Muitos brigam comigo. Dizem que tenho uma vida perfeita. Social, financeira e amorosamente falando. Então a vida limita-se a isso?

Não estou culpando a cidade. Mesmo ela tendo um aspecto sujo - tão quanto seu novo prefeito - eu gosto dela! Só não me aceito limitar a sobreviver aqui.
Não sei. As coisas fácilmente deixam de ser perfeitas para mim. Qualquer passo dado fora do meu tabuleiro me magôa. E sabe o que é pior? Sou transparente. Transparente demais. E essa cidade me suja...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Deixe estar...

a
Às vezes dá vontade de soltar todas as verdades que eu penso sobre todas as pessoas. As minhas verdades, claro.
Não gosto de ver o rumo das coisas indo contra a minha opinião.
Mas quando não depende de mim, o que posso fazer?
Detesto não ter acesso. Sempre busco uma oportunidade de transformação. Eu já descobri a minha missão. Parece muito claro para quem me conhece...
Sinto que se eu mostrasse tudo que sou e fizesse tudo o que tenho vontade, algumas pessoas ficariam chocadas.
Na verdade, muita coisa está ali, na ponta do nariz. Do meu, do seu, do nosso. Mas eles não querem - ou se recusam - enxergar.
Tudo bem. Deixe estar...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Barato Demais

Aprendi que todas as coisas devem ser vividas por inteiro. Os sentimentos nobres foram feitos para ser compartilhados com as pessoas, não com ilusões e fantasmas.
Não temos o poder de ação sobre o passado, nem sobre o futuro. Somente o presente existe.
Não podemos nos dar o luxo de perder nosso tempo com amores pela metade, amizades pela metade, experiências pela metade... Isso tudo custa a metade do preço. É barato demais! Prefiro me renovar constantemente - mesmo sendo inconseqüente - e correr todos os riscos possíveis do que ficar parado olhando o horizonte sem ir atrás de tudo que faz o meu espírito vibrar. Em meu breve saber, esta é a essência da liberdade...

domingo, 26 de abril de 2009

Então vá se perder...


Dizem que se perder é algo fácil. Perder-se é não se encontrar.
Mas como se perder se sempre levamos conosco, a todos os lugares a que freqüentamos, tudo que construímos e carregamos até o prezado momento desta vida?
Falo em se perder para logo após se encontrar, e daí ressurgir. Ressurgir é revigorar-se, tomar nova consciência sobre o que se tem à volta. E, às vezes, este encontro só é possível quando se encontra a si mesmo nas condições mais primitivas ou inóspitas possíveis.
Qual é?! O ser humano também pode ser Fênix. Também pode ser mutante, inconstante, centroavante. Por que não ter coragem e começar tudo novo de novo?
Aprendí a levar em consideração o que o Ziggy Marley me disse cantando num dia desses, enquanto lia um livro:
“I can’t make you happy unless I am!”.
E é bem isso mesmo! Não podemos doar nossa felicidade para que outros sejam felizes. Meus amigos têm me questionado muito se devem levar suas vidas no “caminho mais fácil” ou do jeito que realmente querem. Isso faz algum sentido? Tem como “não ser” a si mesmo? Então me explica como isso funciona... Porquê por mais que eu tenha passado “poucas e boas” por não abdicar a mim mesmo, nunca me arrependi disso. Aceitar àqueles fios de cabelo branco; a cor da tua pele; tom de voz; quem você deseja amar...
Não existe futuro pré-visto. E, se existisse: seria legal? Creio que não. Tudo seria calculávelmente esperado. Mandando para bem longe todas aquelas boas expectativas: o friozinho na barriga, o gaguejar ao falar, as mãos frias...
É. É difícil se aceitar! Ainda mais quando os defeitos são aguçados - perante a sociedade. Mas, e aí? Quem disse que viver seria fácil?
E, caso você não concorde comigo... Ah, então vá se perder!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Você é feliz... agora?


Hoje parei para questionar quanto a minha própria felicidade.
Percebi que tenho um sério problema em dizer a mim mesmo que não sou feliz, mas sim, estou feliz - não que eu não esteja neste exato instante. É só pra definir a felicidade como um sentimento momentâneo. Digo, algo que vem e vai embora em seguida. Podendo ser num piscar de olhos; num beijo; num carinho feito com as pontas dos dedos...
Então por que quando alguém nos pergunta: “você é feliz?” damos uma resposta concreta?!
Isso depende muito! Do momento em que estamos, das pessoas ao nosso redor... Depende de todo um contexto.
Então, no meio dessa minha auto-análise acabei chegando à conclusão que a felicidade para mim é mais simples do que eu mesmo imaginava. Está num sorriso verdadeiro; numa garrafa de cerveja compartilhada com os amigos; naquele beijo carinhoso que só “aquela” pessoa sabe dar; no abraço da mamãe num momento de dor; a cada “Vem aqui, tio Lê!” que minha sobrinha diz com aquele brilho nos olhos que só ela tem... Será que preciso de algo mais?
O problema é que sempre acho que sim! E são nesses momentos que me julgo infeliz... Tolice a minha! E tudo que tenho de bom? Mas, vai dizer: Isso não acontece com você também?!
Acho que esse é o primeiro texto que escrevo sem propósito algum. Talvez até tenha. Mas sabe quando você começa escrevendo o quê está na cabeça e dá no que dá?!
Não sei nem como terminar, só queria deixar arquivado aqui como eu – juntamente à minha felicidade – sou inconstante. Ou seria “somos...”?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

De real, basta o mundo!


De real, basta o mundo! Eu quero é partir em busca do que é incógnito, improvável e incorreto. Eu vejo sentido no abstrato e, sim, muita vida no que muitos convencionaram chamar de "Natureza morta".
O que é mais abstrato do que o amor? Ele não tem forma nem cor, mas é o que me faz parar o coração. A gente busca incessantemente essa sensação de enfartar de amor, de sentí-lo pulsando e estourando nossas veias. Que outra coisa nos leva a isso? O que mais justifica todos os poemas, todas as músicas, toda a angústia e inspiração do mundo? Só ele, o Amor. E me atrevo a escrevê-lo com "A" maiúsculo, pois ele é divino. Mesmo sendo a pintura abstrata que muita gente já não aprecia mais - ou ao menos, tenta. Em busca de retratos reais, a gente se joga nas cordas do comodismo, esquecendo o verdadeiro motivo de estarmos aqui. E eu sei que você também pensa assim...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Myself Vs. Me


Mais uma vez vem a vida e me mostra que lutar contra meus gostos não é tão fácil assim. Uma vez, há uns 5 anos atrás, já não foi fácil. Agora, de novo. E acredite: ainda mais difícil.
É como nadar contra a correnteza; tentar voar sem possuir asas; amar quem não te ama.
Já tentei mudar a ordem dos fatores das minhas vontades... Mission failed!
A vida tem me dado lições bem interessantes. Sabe aquelas coisas que você só aprende quando leva na cara? Então...
E olha que, por um instante, eu conseguí me enganar e acreditar que era aquilo mesmo que eu queria. Mas como diria nossa grande Clarice:

“Liberdade é pouco. O que quero ainda não tem nome.”
Quero poder voar nos meus pensamentos. Nos teus também. Por que não?!
Quero viajar no dito e no não-dito; no pensado e re-pensado; no concreto e abstrato.
Não tem como sair vencedor numa batalha incessante consigo mesmo. Seria você contra seus sonhos, ânsias, vontades. Percebí – ou seria “aprendi”? – que é direito meu ser quem sou.
É direito meu ser quem quero ser. E, junto a isso, também é direito meu lutar pelas minhas realizações pessoais. Só meu!
Você quer ser seu próprio inimigo? E se assim for, quem sai ganhando: você ou... “ele”?
"E quem quer saber? A vida é tão rara... Tão rara!"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nessa infinita highway...

É, mermão. Agora tá dando medinho. Agora não, né. Tava assim desde o começo. O maluco é que esses dias rolou um pânico tão grande, que eu tive que olhar de fora pra dentro pra ver que não era tão assim.
O engraçado é que eu não lembro se isso foi real ou se foi um sonho. Olha que coisa! Mas tudo chegou num piscar de olhos, e minha rotina tão certinha, no mínimo planejada - e tediosa - mudou. Se mudou é porque eu chamei. Se mudou é porque eu devo agüentar.
Se trará conseqüências boas ou ruins é porque devo agüentar também.
Engraçado foi esperar que tudo que eu pedi nas sete ondas se concretizasse. E não é que se concretizou? Talvez não tudo, mas os itens mais essenciais. Sabe aqueles do topo da lista?
Eu poderia me realizar com isso, mas no fundo eu prefiro não exaltar e contar com as borboletas no estômago do inesperado.
No fundo... bem no fundo! Por que na prática o lugar mais gostoso é ficar no confortável. Ficar dentro da casca da semente, mas eu quis me expor como uma flor ao vento, sol e chuva. E mudar... Que mudança!
Às vezes eu acho que tudo isso é uma grande besteira, uma tempestade num copo d'agua. Talvez seja meu ego me lembrando como sou pequeno, mas dá licença, idiota, sou EU! Assim como Cazuza: “eu perdi um pouco dessa coisa de humildade.”
No mais, as coisas passaram tão rápido que me nem me dei conta. Na verdade, dei conta sim. Contei nos dedos, a cada tic-tac do relógio, até o “31” de cada mês no calendário.
Mais uma vez parafraseando Cazuza: “a velocidade das coisas me assusta um pouco”. E eu concordo plenamente.
Só de pensar pelo turbilhão de coisas que aconteceram na minha cabeça/vida nas últimas 2 ou 3 semanas, não dá nem pra listar. São tanto sentimentos, complementares, controversos, confusos, que até o "con" se perde.
É isso que chamam de crescer?
É assim que devemos viver nessa infinita highway?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Behaviour Changing

Pensei. Muita coisa aconteceu enquanto eu pensava.
Ainda me sinto confuso, porém não tenho mais tempo a perder. Já sei bem "o quê" e "quem" eu quero pra mim.
Os erros, muitas vezes, nos remetem a uma incessável sede de mudanças. Mudanças dentro de nós mesmos. Isso não é bom para nosso crescimento próprio? Então quem disse que errar é tão ruim assim?
Não adianta, a superfície não me agrada. Peixe que sou, gosto mesmo é de mergulhar. Do contrário eu escorrego, não sou de ficar na mão.
Isso não tem nada a ver com compromisso... Na verdade, tem. Mas não só com compromisso. Tem a ver com não ser orgulhoso a ponto de se tornar um imutável, um perfeito imperfeito. Tem a ver com maturidade. Aquela que, uma hora, temos que atingir.
De que adiantam beijos e palavras sem um olhar verdadeiro? Quero mais que isso. Quero ser mais do que sou. Quero um olhar que ultrapasse a minha retina e me veja por dentro. Um abraço que valha muito mais que um monte de beijos. Quero mostrar o melhor de mim. As qualidades e defeitos do “quem sou eu”.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Às vezes nunca




Tô sempre escrevendo cartas que nunca vou mandar.
Pra amores secretos, revistas semanais, deputados federais...
Às vezes nunca sei se "As vezes" leva crase. Às vezes nunca sei em que ponto acaba a frase.

Você sempre soube. Eu não sabia...
Toda frase acaba num riso de auto-ironia. Toda tarde acaba com melancolia.
E, se eu escrevesse "sem" com "S", ou escrevesse "cem" com "C"? Por acaso faria alguma diferença? Que diferença faria?
O que você faria no meu lugar se tivesse pra onde ir e não tivesse que esperar?
O
que você faria se estivesse no meu lugar se tivesse que fugir e não pudesse escapar?

Quando a frase acaba tarde, tudo fica pra outro dia. Você sempre soube, eu não sabia...
Às vezes não entendo minha própria letra. Minha própria caneta me trai.
Às vezes não entendo o que você quer dizer quando fica calado.
Quando a frase acaba, o mundo silencia.
Às vezes não entendo onde você quer chegar quando fica parado.
É como ficar esperando cartas que nunca vão chegar... Não vão chegar com "X" nem vão chegar com "CH"!
É como ficar esperando horas que custam a passar enquanto ficamos parados, andando pra lá e pra cá.
É como ficar desesperado de tanto esperar. Olhando pela janela até onde a vista alcançar.

É como ficar esperando cartas que nunca vão chegar.
É como ficar relendo velhas cartas até a vista cansar...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Permanecem... mas não me fazem hesitar!

Ando incomodado com algumas questões que, na verdade, são problemas meus.
Estou na superfície ainda, mas já comecei a sacar o porquê:
Mostrar-se para o diferente é uma tarefa árdua.
Há muitas imagens na minha cabeça que não consigo transpor... As dúvidas permanecem, mas não me fazem hesitar. (Não?)
Creio que estou na beiradinha, só esperando alguém pular para eu pular também. Pra fora ou pra dentro; na verdade, não sei ao certo mais perto de onde estou. Enquanto isso, outros me rodeiam e eu finjo que não sei: estou ocupado, agora não dá, depois a gente se fala.
Incrível como algumas pessoas acordam das cinzas, do nada. Acontece que estou mal acostumado com muitas promessas e elogios que me fazem sentir a última bolacha do pacote e que podem, um dia, não existir mais. É a vida real. But who cares?