sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um desabafo...

Geneticamente, os homens, independentemente de qualquer característica a ser comparada, são 99,9% idênticos. A variação do nosso código genético é mínima: duas vezes menor do que a do genoma dos, absolutamente iguais, pinguins. Ao menos biologicamente, segregar alguém por ser "diferente" me parece idiotice. Vejo, por exemplo, a cor da pele como um resultado de um breve período sob ação da seleção natural. Precisamos de vitamina D para incorporar o cálcio aos nossos ossos e evitar doenças como a osteoporose. Para que a pele possa sintetizá-la, necessita de radiação da luz solar. Por outro lado, muito ultravioleta induz um pigmento escuro chamado melanina. Assim, é natural que os menos pigmentados estivessem em desvantagens nos trópicos, pois sofreriam queimaduras terríveis. Teriam de caçar em horários em que a radiação fosse menor e morreriam muito precocemente por infecções ou câncer de pele. Nas regiões temperadas, por outro lado, os mais pigmentados sofreriam com osteoporose e fraturas frequentes - uma vez que não existia um suplemento vitamínico pré-histórico. Algum desses espécimes passa a ser mais puro ou mais digno por causa dessa simples adaptação bioquímica à luz solar? Por pensar dessa forma é que encaro alguns termos politicamente corretos como babaquice. "Afro-americano" é o indivíduo cujo pais são negros angolanos ou brancos egípcios? Todos são "afro-descendentes", parentes de Lucy. A única diferença é que os negros saíram de lá, no máximo, há uns quinhentos anos, enquanto os antepassados dos brancos já haviam migrado para a Europa e Oriente Médio havia cinquenta mil anos. Desculpe-me, mas um "ministro da igualdade racial" apoiado pelas "comunidades negras" parece só piorar o problema. Deveria ser "ministro da igualdade" apoiado pela "comunidade".