sábado, 5 de setembro de 2009

Papel Alumínio

Ego ferido é uma desgraça! Às vezes me sinto assim, como um papel alumínio amassado. Aquele brilho lindo começa a se ofuscar e o papel lisinho fica cheio de marcas irreparáveis. É desconfortável. Ataca quando me sinto de lado ou posto do final da fila. Quando não tem retorno. Quando não dá mais pra apertar rewind. Me mata quando não tem beijo no final. Vai amassando devagar. Dá uma agonia no meio do peito, um pouco mais pro lado esquerdo, subindo pelo pescoço. A cada dobradinha um barulho novo. Até virar uma bolinha tão insignificante que vai pro lixo...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A crise

Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribuí à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la. Ode ao nosso grande e único Albert Einsten.