sábado, 27 de novembro de 2010

O que eu também não entendo

Alguns dos hábitos de nossa época serão, sem dúvidas, considerados bárbaros pelas gerações posteriores - talvez o fato de insistir para que as crianças durmam sozinhas, e não junto com os pais; ou o de alimentar paixões nacionalistas como meio de ganhar aprovação popular e alcançar um cargo político; ou o de ter animais de estimação; ou o de comer animais e enjaular chipanzés; ou o de criminalizar o uso de euforizantes por adultos; ou o de permitir que os nossos filhos cresçam ignorantes.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Política(gem) verde?



Hoje, ao longo da manhã, me "afirmaram" que crescimento econômico é incompatível com preservação ambiental - diante de tal informação, refenciar quem a citou nem se torna tão relevante. Quanta ciência será necessária para que possamos habitar o planeta sem poluir e destruir?
Li em alguns jornais que Marina Silva vai discutir, com Dilma e Serra, sobre o código florestal e a execução dos compromissos de Copenhague. Tenho plena certeza de que tanto Dilma quanto Serra sabem perfeitamente bem que é preciso desenvolver a economia com inovação tecnológica. Alto valor agregado e qualificação de pessoal são objetivos consesuais, mas alcançá-los de forma sustentável é um problema ainda não resolvido.
Estará em pauta, em tal discussão, o Belo Monte? E os catadores dos lixões sairão da invisibilidade? Teremos finalmente chance de discutir nosso futuro como adultos responsáveis? Digo "responsáveis" no sentido literal da palavra. Sem sujar as futuras gerações devido a nossa preocupação ambiental tênue.
Espero que funcione! Só assim o Brasil poderá exportar, com orgulho, mais uma tecnologia de ponta: a relação saudável entre trabalho, capital e meio ambiente. A Amazônia, o cerrado, o pantanal, a mata atlântica, a caatinga, as praias, os lagos, os rios e o mar, as lavouras e as cidades, os bichos e as pessoas, todos, sem exceção, agradecem.

domingo, 12 de setembro de 2010

O Avesso dos Ponteiros


Os dias têm passado tão rápido que nem dá tempo de analisá-los. Viver tem sido tão intenso – e, ao mesmo tempo, de forma tão mecânica – que fica difícil definir o que (realmente) é o verbo “viver”. É, no mínimo, interessante essa dependência que desenvolvemos pelo outro – ainda mais quando é alguém que amamos (ou, ao menos, acreditamos nessa ideia). Chegamos a outro ponto-chave: idealizar. Característica clichê e, quase vital, do ser humano. Outro dia me disseram que sou amedrontador pelo fato de demonstrar tanta independência e autoconfiança. Não sei se concordo, plenamente, com essa informação. Mas acredito que essa imagem (equivocada ou não) possa realmente existir. Talvez seja minha forma de ser. Vide minhas características astrológicas, pessoais ou, até mesmo, uma forma de auto-inibição sentimental. Tudo tem acontecido tão rapidamente que tenho até deixado de lado muitas atividades que julgo importantes. Escrever é uma delas. E, quando isso faço, começo e termino sem exatamente entender qual foi minha intenção ao me expressar. Essa mistura de sentimentos, cobranças e questionamentos me fazem perder o foco e dispersar. Queria poder reconfigurar os fusos horários do Mundo pra assegurar de que meus dias serão mais longos e válidos. E, não só isso. Queria reconfigurar a visão cultural que a sociedade tem sobre o amor e suas particularidades. O “certo” e “errado”, o “sim” e o “não”. Mas, (in)felizmente (?), tenho muita certeza de que não serei o provedor dessa revolução social. Os paradigmas são tão idealizados quanto à sociedade em si. E, como disse anteriormente, essa característica mostra-se tão vital do Homem que, até eu – que costumo acreditar em todo e qualquer tipo de mudança – custo a crer. Talvez um dia edite este texto novamente com uma resposta pra tudo isso. Enquanto isso, pego o meu relógio e vou procrastinando os ponteiros.

quarta-feira, 3 de março de 2010

It's ok


Sinto que estou ocupado demais. Vivendo! Vivendo de uma maneira mais intensa e ainda mais preocupada que antes (pois é, ficar mais velho e viver sozinho provoca um acúmulo de preocupações que, há 3 anos, nem fazia ideia do que se tratava).
Trago comigo, além de uma mochila cheia de livros e uma cabeça lotada de sonhos, muitas lições aprendidas - e sei que ainda vêm muitas por aí.
Alguns sentimentos que, às vezes, nem sei explicar. Quero ir mas quero ficar; Quero dormir mas quero acordar; Submergir mas também decolar.
Acho que todo mundo tem esse mix of feelings, não é? Tudo bem, estou bem.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Conclusão

Acho engraçado essa mania das pessoas em achar que dizer "eu te amo" resolve tudo. Só amar não é suficiente. Estou cansado de dizer que estou cansado. Isso cansa!
Como já disse Roseana Murray, “As palavras são como estrelas, facas ou flores. Elas têm raízes, pétalas, espinhos. São lisas, ásperas, leves ou densas”. Será que é tão difícil assim ser confiável? A confiança tem de ser conquistada. Tem sido assim em todos os quesitos da vida. Quer ser adorado? Adore. Quer ser elogiado? Elogie. Quer ser amado? Ame – desde que seja verdadeiro. Amor não é tudo, meus queridos. Ele não é nem um pouco auto-sustentável. Ele precisa de inúmeros tipos de combustíveis. Tais como carinho, confiança, reciprocidade, sinceridade, verdade e mais um tanto de “...ades” que existem por aí. São todos co-elementos.
Aliás, a reciprocidade é um item muito importante nesse papo de “amar”. Tenho certeza que nenhum de nós queremos ser enganados, mesmo quando mentimos. Acredito que você que está lendo minhas palavras sabe como tudo isso termina, não é? Talvez esse seja um ponto final. E, sim. Esse texto eu fiz pra você, assim como todos os outros. Não me arrependo de nenhum deles, mas esse termina, literalmente, com um ponto final. Ponto.
“Não seja leviano com o coração dos outros. Não ature gente de coração leviano”.