sexta-feira, 12 de junho de 2009

Does it feel like home?


Dourados. Tarde fria de sexta-feira. 14:00hs. Dia dos namorados.
É estranha essa sensação de não ser mais pertencente ào seu lugar de origem. Nasci, cresci e me desenvolvi aqui; mas, certamente, não morrerei no mesmo lugar.
As pessoas não são as mesmas. Minha plaquinha com "Home, sweet home" gravado não está mais na porta do meu apartamento no centro da cidade. Está há 230km distante.
Minha mãe não mora mais na mesma casa - na nossa casa. Nem meu pai. Só minha irmã... e, de qualquer maneira, a casa está bem diferente do usual. Cores novas, móveis novos, clima novo. Diferente de lá fora, o clima aqui é quente, confortante, acolhedor. Até que me faz sentir bem - desde que não ponha os pés porta a fora.
Às vezes acho que é minha constante inconstância que faz meus hormônios ficarem assim. A mil. Feliz, triste. Triste, feliz... Muitos brigam comigo. Dizem que tenho uma vida perfeita. Social, financeira e amorosamente falando. Então a vida limita-se a isso?

Não estou culpando a cidade. Mesmo ela tendo um aspecto sujo - tão quanto seu novo prefeito - eu gosto dela! Só não me aceito limitar a sobreviver aqui.
Não sei. As coisas fácilmente deixam de ser perfeitas para mim. Qualquer passo dado fora do meu tabuleiro me magôa. E sabe o que é pior? Sou transparente. Transparente demais. E essa cidade me suja...

8 comentários:

Eduardo Espíndola disse...

a gente é transparente demais até aprender a crescer membranas.

Unknown disse...

Lê...
Concordo com você, Dourados é uma boa cidade, mas o fato de nos sentirmos seguros somente em nossas casas é pelo fato das pessoas serem como são, sempre achando que são melhores do que as outras, como vivemos em sociedade só nos resta tentar conviver com esta realidade.
Belo texto :D

Vini Ferreira disse...

naum gosto de ddos... naum vou gostar... É q minha situação é contrária a sua neah... eu naum sou daki.. e acho q nunca vou ser... e força de vontade pra isso mudar tbm naum tenhu... affe.. só quero sair daki #prontofalei

TATIANA SÁ disse...

Lê, não é por ser Dourados...
você escreveu exatamente o que eu exponho e sinto por Brasília:
"É estranha essa sensação de não ser mais pertencente ào seu lugar de origem. Nasci, cresci e me desenvolvi aqui; mas, certamente, não morrerei no mesmo lugar."
(...)
"Sou transparente. Transparente demais. E essa cidade me suja..."

Beijos e obrigada pelo coments la no blog.

J.G.N. disse...

Existe um mundo além da perfeição. E existem coisas às quais estamos ligados para sempre. Crescer é tão esquisito quanto necessário e tudo que nos resta a vontade de ir além. Tieta do Agreste é a história de todos que desejam mais.

thiguinho disse...

é.. transparente literalmente né branquelo!!! rsrsrsrs
Não é que te suja.. mas a poeira apaga, arranha, te tampa... Mas vc não consegue se ofuscar.
Estes momentos Lê, que mexem com seus sentimentos, são pedaçoes da sua vida que um dia você pode chamar de saudade.
Você poderá desfrutar de muitos momentos assim e é desta forma que você percebe o quanto o tempo já passou.
Bjos no coração,
Thi!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Leks, amei seu blog e principalmente esse último post. Sei exatamente o que você quer dizer.
Saudadeee
beijos.
Carol Yaginuma