domingo, 15 de maio de 2011

Nada além do que eu sou

Destilar meu ódio ou só falar de amor? Sabe-se lá a diferença entre os olhos que enxergam e os que não querem enxergar. A subida é longa e o chão é de pedras. Dificuldade em domar minhas próprias pernas. O mundo se move, mas nem sempre a seu favor. Você precisa ter coragem pra provar o seu valor. Ao contrário da vontade esquecida por nós dois, o tempo não muda - não deixa nada pra depois. A gente tem que provar todo dia quem a gente é. Dolarizando a bandeira. Submetendo a questão. A marcha da falência dos valores da nação. Quando o salvador é o próprio vilão, ele salva o velho mundo com uma bala de canhão. Se adequar a certos moldes para moldar uma adequação. É preciso tudo isso pra uma falsa educação? Sem tempo pra ser nada além do que eu sou. Vou quebrando o quê não presta e juntando o quê restou.

2 comentários:

Gabriela Kina disse...

"Se adequar a certos moldes para moldar uma adequação." =]

Unknown disse...

me lembrou um poema da Elisa Lucinda, que se chama Poema do semelhante, eu curti demais !