sábado, 23 de julho de 2011

Come as you are


Sinto que, a medida de cada toque, gesto ou olhar, o quê há dentro de mim cresce e toma proporções não-tangíveis - como a alma ou quaisquer outras dessas coisas que a gente insiste em afirmar que possui e nem sequer sabe do quê se trata. Mente, espírito, amor, consciência, Deus...
Como se mede a paixão? Por que associá-la ao coração?
Ter consciência é agir com ciência? Mas não dizem que a ciência muda com frequência?
Já que não existe uma forma de medir o quê eu sinto; já que o quê eu sinto é associado a um órgão muscular oco que trabalha de forma simples e meramente sistêmica; já que eu não sei se há consciência na ciência desse sentimento progressivo que guardo em algum lugar que não sei onde mas dentro de mim, quero aproveitá-lo ao todo, com a inocência e ignorância de não se ter noção do quê realmente ele é.

2 comentários:

Palavras Narradas disse...

talvez controlar o incontrolável, entender o que sentimos, ou pior controlar o que sentimos, seja o maior erro de nós mesmos. No fundo temos que entender que existem coisas que não devemos compreender e sim sentir... temos que nos deixar sentir,acreditar, amar... esse é o melhor jeito de se viver... :)

thiguinho disse...

paixão e amor se misturam em sensações tão parecidas e a todo momento queremos explicações ou verdades para estes sentimentos maravilhosos que nos deixam tão confusos. Ainda bem q o homem até hj não conseguiu fabricar isso e tudo flui naturalmente, como tudo na vida, cheio de obstáculos, erros, decepcões e felicidade. =*