É preciso muita calma. É preciso muito amor.
É preciso muita cama, sem hora marcada, ao acaso, sem caô.
Chega da ansiedade dos relógios. Eu quero toda volúpia de quem não espera, de quem se surpreende e entra no jogo, mas consegue sair dele no café da manhã.
Jogos novos com os mesmos jogadores. Não quero sentar na mesa e ficar nela até sair com tudo ou nada.
Quero deixar pra amanhã, mesmo que ele nunca chegue. E vou chegando, devagarinho, sem me entregar por inteiro. Aceito uma casa com chão, mas recuso o teto; de espelho e não de vidro - onde a gente entrega o RG na entrada mas só se identifica dentro do quarto.
quinta-feira, 24 de março de 2011
sábado, 5 de março de 2011
Untitled
Às vezes, mesmo que só às vezes, pareço entender o porquê desse meu ceticismo. É muito menos árduo - e mais cômodo - crer na explicação biológica das coisas do que olhar, simultâneamente, sob vários ângulos. Não é muito mais fácil acreditar que amamos devido à produção hormonal de ocitocina no hipotálamo, região central do nosso cérebro, do que ficar buscando explicações sentimentais hipotéticas? Olhando por esse lado, conseguimos acreditar que amar novamente (e de novo, e de novo...) assim, dessa forma mecanizada, é muito mais fácil do que se prender a um sentimento que parece não sair de você e que, provavelmente, nunca foi válido - te fazendo sentir um tremendo idiota.
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